Um software eficiente, quando usado de modo adequado, tem o potencial de otimizar a operação de todos os setores. Isso ocorre porque, por meio dele, os colaboradores podem desempenhar suas atividades com mais facilidade. Além disso, ele permite que o time de gestão acompanhe mais de perto cada etapa produtiva. A questão é como medir essa eficiência. Nesse contexto, os indicadores de qualidade de software são indispensáveis.
Ao fazer uso deles, o time de desenvolvedores e o cliente são capaz de verificar importantes fatores de desempenho, como o número de erros que a ferramenta apresenta e o tempo médio necessário para eliminá-los.
Você gostaria de garantir a qualidade dos softwares e sistemas a sua disposição? Leia o artigo e entenda como o uso de indicadores torna essa tarefa mais simples!
Conceito de indicadores de qualidade
Antes de conhecer os indicadores de qualidade de software mais utilizados, é importante compreender mais a fundo o que é um indicador e como seu uso pode beneficiar a operação de uma empresa.
Quando pensamos na execução de uma tarefa, é óbvio que ela deve ser realizada do modo mais eficiente possível. Para que esse resultado seja alcançado, todos os erros e gargalos, que tornam o processo ineficiente, devem ser eliminados.
A função de um indicador é mensurar os diversos fatores que influenciam esse processo, o que permite que o responsável pela tarefa identifique tanto a qualidade do produto, ou serviço, quanto a eficácia das medidas implementadas para elevar a sua eficiência.
Principais indicadores de qualidade de software
Por meio de um indicador de desempenho, o time de gestão é capaz de descobrir o que melhorar em seu produto e de identificar o nível de sucesso das medidas implementadas para a conquista desse objetivo. Quando nos referimos aos softwares, os principais apontadores de qualidade são os seguintes:
Total de defeitos detectados
Depois que um software é projetado e desenvolvido, ele precisa passar por uma bateria de testes antes de se entregue ao consumidor final, que de fato fará uso dele em seu dia a dia. Durante esse procedimento, é natural que a equipe de desenvolvimento identifique uma série de erros que precisam ser eliminados para garantir a eficácia do produto.
O total de defeitos detectados (TDD), é um indicador composto pelo conjunto completo de todas as falhas apuradas durante o período de testes. É válido ressaltar que esse indicador não pode ser usado de modo isolado, seu verdadeiro potencial surge quando ele é combinado a outras informações.
Total de defeitos removidos
Por mais eficiente que seja a equipe de desenvolvimento, é possível que eles não sejam capazes de eliminar todas as falhas identificadas no sistema durante o período de testes. Os motivos que levam a esse resultado são muitos, dentre eles, podemos citar a falta de tempo.
Em todo o caso, o número total de defeitos removidos (TDR) é outro importante indicador de qualidade de software. Quando comparado ao TDD, ele aponta de forma precisa o número de problemas que o sistema ainda apresenta. Ou seja, ele indica a quantidade de bugs que ainda precisam ser removidos.
Total de defeitos encontrados pelo cliente
Empresas sérias costumam realizar testes bem completos em seus sistemas, antes de liberá-los ao consumidor final. Apesar desse cuidado, o número de variáveis e situações, as quais o software está sujeito, são tantas que erros podem passar despercebidos.
Nesse caso, tais bugs podem ser encontrados apenas pelo cliente, durante a utilização do sistema. O total de defeitos encontrados pelo cliente (TDC), é outro importante indicador de qualidade de software. Por meio dele é possível medir, por exemplo, a eficiência do time de testes, e a eficácia em si dos testes realizados.
Eficácia na detecção de defeitos
É interessante ressaltar que, para que a identificação da eficácia na detecção (EDD) seja realizada, existe uma fórmula matemática. A sua aplicação é simples, e pode ser descrita da seguinte maneira:
EDD = TDD / (TDD+TDC) x 100
Confira um exemplo para compreender melhor o conceito:
Um time de desenvolvedores, durante o período testes, identificou 40 defeitos em um software. Assim que o sistema foi entregue ao cliente, porém, os usuários encontraram mais 10 falhas no desenvolvimento.
EDD = 40 / (40+10) x 100
EDD = 80%
Portanto, no exemplo adotado, a eficácia na detecção de defeitos foi de 80%.
Tempo médio de reparos
Para que a empresa, responsável pelo desenvolvimento de softwares, continue crescendo e atraindo novos clientes, ela precisa ser capaz de identificar e eliminar erros em curtos períodos. Essa característica é fundamental, pois, um cliente insatisfeito, pode trocar de produto e até mesmo fazer o marketing negativo a respeito da empresa, prejudicando assim sua imagem e a impedindo de captar novos clientes.
Levando esse fato em consideração, é importante que o tempo necessário para que defeitos sejam identificados e eliminados seja o menor possível.
Tempo médio entre falhas
O tempo média entre falhas, por sua vez, é um indicador de qualidade de software criado com a finalidade de medir o espaço de tempo que o sistema é capaz de operar sem apresentar erros ou bugs. Ele pode ser mensurado por meio da seguinte fórmula matemática:
Tempo médio entre falhas = Tempo de operação do software / número de falhas
Compreenda melhor sua aplicação por meio de um exemplo:
Digamos que determinado software apresente 2 defeitos a cada 400 horas
Tempo médio entre falhas = 400 / 2
Tempo médio entre falhas = 200
Nesse caso, o tempo médio entre cada falha seria de 200 horas.
Nível de satisfação do cliente
Quando pensamos no desempenho de um software, é válido ressaltar que um dos fatores mais importantes e o nível de satisfação. Afinal, um sistema ruim não seria bem qualificado por eles. Levando esse fato em consideração, é interessante que os desenvolvedores realizem, com certa frequência, pesquisas para avaliar o nível de satisfação dos usuários com o sistema.
Ao tomar esse cuidado, o time desenvolvedor é capaz de alinhar seu produto ao interesses dos clientes com maior facilidade, o que tende a tornar a relação comercial mais longa e benéfica para os dois lados.
Implementação indicadores de qualidade
Agora que você sabe o que são indicadores de desempenhos, e sabe quais os mais úteis para avaliar a qualidade de um software, continue a leitura e descubra como utilizá-los!
Crie uma hierarquia
Cada companhia tem suas necessidades próprias, de modo que fatores de desempenho diferentes tendem a ter mais impacto sobre a operação de empresas diferentes. Por esse motivo, é importante que o time de gestão crie uma hierarquia e estabeleça de modo claro o peso que cada apontador tem no processo para tomada de decisões.
Capacite colaboradores
É necessário que os usuários do software sejam capacitados para saber avaliar e descrever, de forma clara, sua experiência com o sistema. Desse modo, as informações fornecidas por eles tendem a ser mais precisas, o que permite que os ajustes no sistema sejam realizados com maior facilidade e rapidez.
Registre os dados
Por fim, para que padrões sejam criados, é importante que todas as informações apuradas, a respeito de seu desempenho, sejam armazenadas. Desse modo, novos dados podem ser comparados com aqueles que já estão registrados, o que permite que o time de gestão tenha uma visão mais precisa da qualidade do software, e do modo como ele tem a ajudado a otimizar sua operação.
Embora mensurar a qualidade de um software não seja uma tarefa simples, tomar esse cuidado é fundamental para garantir a eficiência do sistema. Uma vez que um sistema eficiente é capaz de otimizar a produção de uma empresa como um todo, o que pode ser visto como uma vantagem competitiva, essa tarefa deve ser considerada uma prioridade.
Você já conhecia esses indicadores de qualidade de software? Pretende usá-los? Deixe um comentário e compartilhe conosco sua opinião sobre o tema!